Universidade do Estado de Mato Grosso

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Mesa sobre animais e fronteiras desperta interesse de acadêmicos na Semana de Letras

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Nesta terça-feira (16) aconteceu a segunda noite da XVI SEMANA DE LETRAS E I ENCONTRO DE ESPANHOL (LÍNGUA E CULTURA). A noite iniciou-se com o recital de poemas feito pelos acadêmicos de letras, apresentação do programa Focco realizados pelos discentes, além de uma conferência abordando o tema implementação da língua espanhola em escolas, qualidade educativa e uma mesa de debates trazendo reflexões sobre animais e fronteiras, apresentadas pela professora Ana Carolina Macena Francini (USP) e a professora Eveline dos Santos Teixeira Baptistella do curso de comunicação social Unemat.

Em primeira estância a coordenadora do I ENCONTRO DE ESPANHOL, professora Tatiane Silva Santos agradeceu a presença das palestrantes, e enfatizou o fato da participação interdisciplinar entre os cursos de Licenciatura em Letras e comunicação social (Jornalismo). A mesa trouxe um assunto muito discutido na mídia atual, sobre como vemos os animas, e até que ponto o sentimento que temos por eles, interfere na fronteira entre humanidade e animalidade. A professora Ana Carolina relatou sua experiência vivida em sua dissertação de mestrado, em que aponta que não há de fato algo que separe esses “mundos”. “A vida animal rompe os espaços domésticos”, relata. Ela enfatiza que há então uma hierarquização enquanto espécie, já que classificamos os animais como segunda classe, por motivos como irracionalidade, já não pensa.

Em segundo momento a professora Esp. Eveline discorre sobre como vemos os animais, e de como nossos sentimentos interferem muitas vezes no fim dado ao outro (animal). Ela inicia dizendo que os animais sempre marcaram presença na vida do ser humano, porém um fator que vem dando maior visibilidade ao tema são as redes sócias, que permite discussões fechadas ou abertas para diversos segmentos. “Onde há uma grande interessa pelas pessoas, a mídia se vê pautada por eles”, argumenta. A professora diz que temos medo ao atribuir sentimentos e valores aos animais, por isso é construída uma fronteira entre os ser humano e o ser outro. 

Ela faz um paralelo entre ciência e empatia, que vai ser um fator determinante de como as relações do pensar, em quanto sentimento de medo, amor, nojo, classificam os animais. Que se tivermos empatia por eles temos maneiras diferentes de agir. “A empatia define nossas relações”, afirma. Ela encerra dizendo que a arte em si, como cinema, literatura e a própria cultura, possibilita esse sentimento de se colocar no lugar do outro, para determinar relações e sentimentos.

Christiely Ive – Estagiária Assicom/AIA