Universidade do Estado de Mato Grosso

Evento de Jornalismo

Noite do segundo dia do V Colóquio privilegia as práticas jornalísticas

Por Rodrigo Manzale, Tatiana Rezende e Maria Madalena

            A segunda noite do V Colóquio de Jornalismo iniciou com a conferência ministrada pela professora Me. Carla Gávilan Carvalho intitulada “O jornalista em tempos de convergência: reflexões sobre linguagem jornalística, mercado de trabalho e atuação profissional”.

         Trazendo indagações sobre a capacitação dos profissionais da comunicação para enfrentar os desafios lançados pelas novas mídias, Carla discorreu sobre a interatividade dos meios de comunicação e a quantidade de tecnologia utilizada no ofício de jornalista.

         “Estamos com uma grande máquina de comunicação nas mãos, mas ainda não estamos sabendo como utilizá-la, sendo necessário repensar a comunicação”, afirmou. Com essa frase, Carla evidenciou que é necessário atualizar-se profissionalmente e aprender a utilizar as novas mídias.

          Entretanto ela enalteceu que “a interatividade já existia através das cartas e dos cadernos de perguntas”. Carla se refere ao contato do público com o emissor de uma mensagem, fato este visto em mídias como Orkut, Twitter e Facebook.

            Após a conferência de Carla, foi composta a mesa redonda pelos docentes do curso de Jornalismo da Unemat Lawrenberg Advíncula da Silva e Giovanna Betine.

            Os conceitos de cibercultura, convergência e as novas mídias foram abordadas pelo professor Lawrenberg. Ele falou sobre a relação de interatividade na qual não mais há uma separação entre o emissor de notícia e o receptor da informação, mas que na época em que estamos ambos dialogam. Exemplificou também sobre os perfis dos leitores que atualmente são divididos em leitor da escrita, leitor contemplativo (imagens) e o leitor das novas mídias.

            A professora Giovanna Betine, por sua vez, explanou sobre a representação feita pelo jornalista, da não existência da imparcialidade porque, segundo ela, todo jornalista agrega a sua matéria um pouco de subjetividade. Para Giovanna, o bom e o mau jornalista inserem seus comentários, e é esse olhar pessoal que irá formular no leitor o senso crítico.

            Questionada sobre o fim, por exemplo, do livro por conta do surgimento de uma mídia, Carla explicou o tempo vem mostrando o contrário. Ela citou o rádio, cujo fim foi anunciado com o surgimento da televisão. A professor lembrou do espaço que essa “mídia velha” tem na web – que é uma nova plataforma. Observa-se, assim, que toda mídia tem o seu espaço.

Sobre a palestrante convidada

            A palestrante é jornalista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e mestre em Estudos de Cultura Contemporânea pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Atualmente faz parte do corpo docente da Universidade Anhanguera na capital sul-matogrossense.

Último dia

A última noite de Colóquio será na quinta-feira (19), e será marcada pelo lançamento da obra “Arte e Comunicação em um mundo fungível”.

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